quinta-feira, 13 de junho de 2013

OS DESAFIOS DO CINEASTA INICIANTE

Por Abimael Borges

Fazer cinema no Brasil ainda é coisa de elite. Sem sentimentalismos vãos. A sétima arte é sim elitizada. Já começa pelas salas de exibição que hoje são maioria onde corre grana. Cinema não é arte para o povão, ainda. Os desafios que um cineasta iniciante tem de enfrentar são demasiadamente grandes, senão vejamos.

Para se produzir, além de ter “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, como dizia Glauber Rocha, ou se dispõe de verba para o investimento ou se recorre aos incentivos governamentais, os quais nem sempre são possíveis.

Se você está querendo produzir e não tem dinheiro, tente um Edital. A política de Editais é a mais simples e que dá mais possibilidade de produção com algumas cruciais limitações: se você nunca produziu um filme legalmente registrado na Fundação Biblioteca Nacional, nem tente, peça a quem já o fez para assinar a direção e seja apenas o proponente. Os Editais variam de estado para estado, portanto é bom ficar antenado quanto as exigências dos mesmos e providenciar com antecedência toda a documentação.



Outra via, mais espinhosa, é cadastrar sua proposta no portal do MinC, através do SalicWeb, para tentar captar recursos de incentivos fiscais. Mas se você não tem um sobrenome reconhecido no mercado, nem vá por essa linha. Ocorre que as empresas que estão aptas a patrocinar produções cinematográficas não querem colocar o investimento em nomes desconhecidos. Isso é um paradoxo brutal, pois não são as empresas que estão investindo, a grana pertence ao governo, são impostos devidos ao leão, o que não justifica toda a burocracia das empresas em patrocinar; mas é ai que está, não rola, nem adianta tentar. De qualquer forma se você decidir experimentar, tenha certeza que se seu projeto estiver bom, o MinC vai autorizar a captação dos recursos, pois é interesse do Ministério o surgimento de novos realizadores para democratização do cinema no país. Mas como dizem por ai, seja mais um brasileiro que não desiste nunca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário